Membro da Executiva do PDT de Fortaleza, o secretário municipal da Cultura, Roberto Viana Jr., reconhece que o terceiro lugar do prefeito José Sarto (PDT) foi uma “lapada grande” e diz que, embora o partido ainda esteja conversando sobre o segundo turno, acredita que a tendência é não apoiar nem o bolsonarista André Fernandes (PL) nem o petista Evandro Leitão.

Viana Jr., que também é secretário Nacional de Cultura do PDT, afirma que a eleição na cidade foi atípica por causa da polarização que atinge o Brasil e que isso prejudicou a tentativa de reeleição de Sarto. Para ele, apesar de fatores como pandemia, Sarto tinha uma administração com entrega. “Foi uma lapada grande [a derrota], como a gente diz aqui no Ceará. Bem aquém da expectativa que a gente tinha e de tudo que se sinalizava.”

Quatro dias após o primeiro turno, o secretário afirma que as conversas sobre apoio no segundo turno devem continuar até o fim de semana. Primeiro haverá consultas dentro do partido, na militância e nos movimentos sociais.

“Mas eu confesso para você que nós somos um partido centro-esquerda. Aí quando a gente está numa tempestade e o nosso barco não está mais ali, a gente pula para o barco que está mais próximo, ou seja, do projeto mais próximo”, continua. “E o que a gente acredita, ao menos parte de nós, é que o André Fernandes é uma candidatura abominável, sem nenhuma compreensão de cidade, nenhuma experiência.”

Em contrapartida, complementa o secretário de Cultura de Sarto, o projeto de Evandro Leitão, do ministro Camilo Santana (Educação) e do governador Elmano de Freitas (PT) também não tem a ver com o que o partido acredita. “Pelo contrário, foi uma candidatura que se opôs ao projeto que nós acreditávamos e a gente também se opõe ao projeto que eles acreditam.”

“Mas lhe garanto uma coisa, descartamos a hipótese de apoiar a candidatura do André Fernandes. A gente também entende que política não é feita com fígado. Existe um bem maior que está ali no meio, que é a cidade de Fortaleza, o povo da nossa cidade”, complementa.

“A gente compreende que um processo que representa a figura fascista, que é o filhote do [ex-presidente Jair] Bolsonaro, que, em Fortaleza, a condição de a gente apoiar a candidatura não é zero, na verdade ela é -12, ela não existe.”

O secretário reconhece que o presidente municipal do PDT em Fortaleza, Roberto Cláudio, tem o papel de conversar com os dois nomes que foram ao segundo turno. Mas diz que ele sabe que o PDT é um partido de centro-esquerda e que “não é por causa de Fortaleza que nós iremos trair todo o legado que vem sendo construído lá atrás, de Getúlio [Vargas], [Leonel] Brizola.”

Diante desse cenário, avalia que o movimento em Fortaleza deve ser parecido com o da ex-candidata à Prefeitura de São Paulo Tabata Amaral (PSB). “Internamente, saber que a maioria das nossas tendências vota na candidatura do Evandro. A outra parte pode, sim, de repente votar no André.”

“Mas, organicamente, institucionalmente, creio que a gente não deva apoiar nenhuma dessas duas candidaturas, porque foram duas candidaturas que apresentaram se contra o nosso projeto.”


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Membro da Executiva do PDT de Fortaleza, o secretário municipal da Cultura, Roberto Viana Jr., reconheceu a derrota do prefeito José Sarto no terceiro lugar como uma “lapada grande” e afirmou que o partido não deve apoiar nem o bolsonarista André Fernandes nem o petista Evandro Leitão no segundo turno. Viana Jr. destacou a atipicidade da eleição na cidade devido à polarização política no Brasil e ressaltou que fatores como a pandemia prejudicaram a reeleição de Sarto, apesar de sua administração com entrega. As conversas sobre apoio no segundo turno ainda estão em andamento dentro do partido, com consultas à militância e aos movimentos sociais. O secretário enfatizou que o PDT é um partido de centro-esquerda e descartou a possibilidade de apoiar a candidatura de André Fernandes, caracterizando-a como abominável e sem experiência. Ele também criticou o projeto de Evandro Leitão, ressaltando que não se alinha com as crenças do partido. Afirmou que, mesmo diante do cenário complexo, o PDT não deve trair seu legado de figuras como Getúlio Vargas e Leonel Brizola e indicou que o movimento em Fortaleza pode seguir a linha da ex-candidata de São Paulo, Tabata Amaral, com parte dos membros apoiando Evandro e outra parte, eventualmente, votando em André, mas institucionalmente o partido não deve apoiar nenhuma das duas candidaturas por se colocarem contra seu projeto político.

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Produzido e/ou adaptado por Equipe Tretas & Resenhas, com informações da FONTE.

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