Rainha da Sucata: a luta de classes na teledramaturgia brasileira
Em “Rainha da Sucata”, a clássica novela brasileira, o embate entre Maria do Carmo e Laurinha Figueroa simboliza o confronto de classes que marcou uma geração. A trama reflete a realidade econômica do país pós-redemocratização, com o Plano Collor impactando diretamente os personagens.
O reflexo da realidade na ficção
A coincidência entre a trama de “Rainha da Sucata” e as medidas econômicas do governo Collor gerou polêmica, com a novela sendo acusada de conhecer as ações antes mesmo da população. O autor, Silvio de Abreu, afirmou ter se inspirado em mudanças ocorridas em São Paulo para criar a trama.
A redenção da heroína
Após passar por um calvário financeiro, Maria do Carmo encontra sua redenção ao reconquistar sua fortuna com seu próprio esforço, refletindo a ideia de destruição criativa proposta pelo governo Collor. A protagonista, símbolo da ascensão social através do trabalho duro, demonstra resiliência diante da recessão econômica.
O desfecho e a conciliação de classes
No desfecho da novela, Maria do Carmo enfrenta acusações falsas e adversidades, mas, após provar sua inocência, aceita o amor e a conciliação proposta por Edu. A história de “Rainha da Sucata” encerra com um exemplo de superação e reconciliação em meio aos conflitos de classes.
Resumo: Em “Rainha da Sucata”, a trama reflete as tensões sociais do Brasil pós-redemocratização, com a protagonista Maria do Carmo enfrentando desafios econômicos e lutas de classe. A novela aborda a resiliência, a ascensão social e a conciliação em meio a um contexto de crise e mudanças.
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