O Google trabalha em uma ferramenta de inteligência artificial capaz de assumir o controle de um navegador, como o Google Chrome, para realizar pesquisas, editar planilhas, fazer compras, entre outras tarefas. A big tech deve mostrar o produto ao público em dezembro, segundo o site especializado the Information.
A informação vazou à imprensa neste sábado (26), quatro dias depois de a concorrente Anthropic apresentar uma atualização do Claude 3.5 Sonnet que permite à IA mexer em computadores de forma autônoma. As soluções são chamadas no mercado de “agentes” —mecanismos que podem planejar e executar demandas do usuário, indo além de uma simples resposta.
Entre os funcionários da empresa, o agente do Google recebeu a alcunha de Jarvis, uma possível referência ao assistente virtual do herói da Marvel Homem de Ferro. De acordo com o Information, o nome ainda pode mudar.
Em evento para empresas realizado em São Paulo, em 2 de outubro, o superintendente do Google para engenharia aplicada à inteligência artificial, Hamidou Dia afirmou que o trabalho com os agentes de IA é uma prioridade do gigante das buscas e já está na realidade dos clientes corporativos.
“A gama de tarefas é enorme, vai desde auxílio a programadores, até a criação de campanhas de publicidade, um teste já em curso na Globo”, disse Dia.
Alguns porta-vozes do setor de tecnologia e até o recém-laureado pelo Nobel Geoffrey Hinton, por outro, alertam para os riscos de conceder cada vez mais autonomia à inteligência artificial, na execução de tarefas longas e perigosas.
O arranjo por trás dos agentes reduz a participação e a verificação de humanos na cadeia de operação, disse à Folha Rodrigo Nogueira, presidente da Maritaca AI, empresa que desenvolve IAs adaptadas ao português.
Também em dezembro, o Google deve anunciar uma versão mais potente da plataforma Gemini, que disputa mercado com ChatGPT e Claude.
Procurado, o Google não comentou até a publicação desta reportagem.
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