Conversa sobre a condição humana e afrodescendência
A conversa no auditório da Flip abriu com Leónora Miano e Eliana Alves Cruz discutindo a condição humana e enfatizando a presença afrodescendente nela. Cruz destacou a exclusão e solidão no Brasil, enquanto Miano apontou saídas através do afrofuturismo em sua literatura.
Escritas universais a partir do particular
Miano e Cruz exploraram em suas obras a universalidade da condição humana a partir de uma perspectiva afrodescendente. Miano discute a escravização como um sequestro e fala da dor dos que ficaram, enquanto Cruz aborda a formação de famílias e relações na diáspora africana.
Resistência através da linguagem e da escolha
Cruz criticou noções brasileiras como “ter berço” e “barriga limpa”, destacando o poder das palavras para machucar ou desatar nós. Ela e Miano enfatizaram que a linguagem pode ser uma forma de resistência espiritual e de conjurar um futuro melhor.
O feminismo e a liderança das mulheres africanas
Miano provocou reações ao se distanciar do feminismo europeu e destacar a liderança das mulheres no continente africano. Ela ressaltou que as mulheres africanas foram as primeiras em tudo, confrontando visões tradicionais do feminismo.
Resumo: Leónora Miano e Eliana Alves Cruz discutem a condição humana e afrodescendência, explorando a universalidade a partir do particular, a resistência através da linguagem e da escolha, e a liderança das mulheres africanas, provocando reflexões e debates na plateia da Flip.
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