O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (17) que vetará um eventual projeto de anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado a 27 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado.

“Se viesse para eu vetar, pode ficar certo de que eu vetaria”, disse Lula em entrevista exclusiva à BBC News Brasil, concedida no Palácio da Alvorada. A declaração ocorre em meio à pressão da ala bolsonarista no Congresso para que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), coloque a proposta em votação em regime de urgência.

Apesar de reforçar que a decisão cabe ao Legislativo, Lula buscou se afastar do debate. “O presidente da República não se mete numa coisa do Congresso Nacional. Se os partidos entenderem que é preciso dar anistia, isso é um problema do Congresso”, afirmou.

Bolsonaro foi condenado em 11 de setembro pela Primeira Turma do STF, mas ainda pode recorrer. Desde agosto, cumpre prisão domiciliar após descumprir medidas cautelares impostas pelo ministro Alexandre de Moraes. A definição sobre o regime definitivo só ocorrerá quando todos os recursos forem esgotados.

Críticas à “PEC da blindagem”

Na entrevista, Lula também atacou a aprovação, pela Câmara, da Proposta de Emenda Constitucional que restringe a abertura de processos criminais contra parlamentares. O texto recebeu votos de diferentes bancadas, inclusive parte do PT.

“Se eu fosse deputado, votaria contra. Se eu fosse presidente do meu partido, orientaria a votar contra. Aliás, eu votaria para fechar questão e votar contra”, disse.

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A poucos dias de embarcar para Nova York para a Assembleia Geral da ONU, Lula voltou a criticar a postura do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o tarifaço de 50% imposto a produtos brasileiros.

“Eu não tentei ligar porque ele nunca quis conversar. Mas, se nos encontrarmos, eu vou cumprimentá-lo. Eu sou um cidadão civilizado, estendo a mão para todo mundo”, disse.

Questionado se se arrepende de ter associado Trump ao fascismo em 2024, Lula evitou resposta direta, mas voltou a acusar o republicano de apoiar movimentos antidemocráticos. “O comportamento dele é muito ruim para a democracia”, afirmou.

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Transição energética e COP30

O presidente também foi confrontado sobre a realização da COP30 em Belém em meio à defesa do governo pela exploração de petróleo na Foz do Amazonas. Lula disse apoiar a transição energética, mas ressaltou que o mundo ainda não está preparado para abandonar combustíveis fósseis.

“Eu quero saber qual é o país do planeta que está preparado para abdicar do combustível fóssil? Esse momento não chegou”, declarou.

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Produzido e/ou adaptado por Equipe Tretas & Resenhas, com informações da fonte.

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