Wall Street está otimista com a Beta Technologies, chamando a fabricante de aviões movidos a eletricidade de líder inicial na indústria de aeronaves regionais.
A maioria dos oito analistas que iniciaram cobertura sobre a empresa sediada em South Burlington, Vermont, até 1º de dezembro, atribui uma recomendação equivalente a compra para as ações, segundo dados compilados pela Bloomberg. A onda de aprovação ocorre um mês após a estreia da Beta no mercado público, na qual a empresa captou US$ 1,02 bilhão.
A Beta é “semelhante a uma jovem Tesla, mas com um mercado final mais atraente, o aeroespacial, que possui barreiras de entrada mais altas do que o setor automotivo”, disseram analistas do Morgan Stanley em nota.
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A empresa, que desenvolve tanto aeronaves elétricas de decolagem e pouso convencionais (eCTOL) quanto modelos de decolagem e pouso vertical elétricos (eVTOL), está à frente de seus pares ao ganhar espaço nos mercados de carga, transporte médico, mobilidade de passageiros e defesa, segundo analistas.
No entanto, os investidores permanecem céticos. Apesar de ter um preço-alvo médio para 12 meses de US$ 37,88, o que implica um potencial de alta de 43% em relação ao fechamento de sexta-feira, as ações caíram 22% desde o preço da oferta pública inicial, mostram dados compilados pela Bloomberg.
Para Sheila Kahyaoglu, da Jefferies, que tem a única recomendação de manutenção para a Beta, a fraqueza no preço das ações pode ser atribuída a quedas mais amplas em ações de small caps e do setor aeroespacial.
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“Continuamos vendo potencial de alta e acreditamos que a Beta será uma vencedora no setor”, disse Kahyaoglu.
A recepção positiva da Beta em Wall Street reforça a crescente convicção dos investidores de que a aviação elétrica pode ser um dos desenvolvimentos mais significativos no transporte de curta distância.
A Needham, que estima um mercado total endereçável de US$ 1 trilhão para mobilidade regional elétrica, argumenta que a Beta está posicionada para capturar participação de mercado inicial à medida que a indústria se volta para a aviação de curta distância com baixa emissão.
A abordagem da Beta de primeiro certificar um eCTOL, “e comercializar via carga e transporte médico como seus principais casos de uso (antes de expandir para voos de passageiros) oferece uma rota mais rápida e melhor definida para” a certificação da Federal Aviation Administration, segundo Andres Sheppard, da Cantor Fitzgerald, que prevê que a empresa obterá a certificação entre o final de 2026 e 2027, “criando uma vantagem significativa de pioneirismo.”
“Além disso, a Beta já está gerando receita (ao contrário da maioria dos concorrentes no setor)”, escreveu Sheppard em nota.
A Beta está otimizando sua prática de fabricação ao consolidar motores, baterias, software, hardware de carregamento e distribuição de alta voltagem em um único processo de design, segundo analistas do Citigroup Inc. liderados por John Godyn. Embora mais intensivo em capital nos primeiros anos, o Citi espera que essa abordagem “melhore o retorno da Beta sobre os investimentos em P&D” e “reduza a dependência de fornecedores.”
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“Acreditamos que a empresa foi, em muitos aspectos, projetada para maximizar a lucratividade à medida que sua tecnologia for certificada e popularizada nas próximas décadas”, disse o Citi em nota.
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