O deputado federal Felipe Francischini, que em setembro perdeu o comando do União Brasil no Paraná para o senador Sergio Moro, confirmou que assumirá o controle do Podemos em abril, quando a janela partidária o permitirá se desfiliar do União Brasil sem risco de perder o mandato.
Na prática, contudo, o parlamentar já iniciou o trabalho na nova sigla e formalmente colocou a própria mãe, Luciane Bonatto, na presidência do partido.
Em entrevista à Folha, ele admite que a mãe não tem vivência política ou partidária.
O pai do parlamentar, Fernando Francischini, o primeiro deputado federal cassado por fake news, fez algo semelhante no governo do Paraná. Como revelou o Painel, Fernando deixou um cargo comissionado na gestão Ratinho Jr. (PSD) e colocou no lugar a mãe, Tania Marcia Francischini, avó de Felipe.
Diante das mudanças, o ex-senador e ex-governador do Paraná Alvaro Dias, um dos fundadores do Podemos no plano nacional, anunciou nesta quinta-feira (23) saída do partido. Em 2018, ele chegou a disputar a presidência da República abrigado no Podemos.
“Há pouco mais de oito anos, ao lado de militantes da política, sonhei com a construção de um partido alternativo que pudesse recuperar a crença de brasileiros na instituição partidária. Hoje, confesso! Meus sonhos foram sepultados, engolidos pela força de um sistema nefasto que teima em sobreviver. Não posso compactuar com isso”, escreveu em uma rede social.
À Folha Alvaro afirmou que não sabe em qual partido vai se filiar e não antecipou se tem pretensões eleitorais em 2026. “Vou dar tempo ao tempo”, disse.
“Partido não pode ser propriedade privada, com franquias nos estados, tendo o fundo partidário e eleitoral como capital”, continuou ele, sem citar nomes. Além de Alvaro, o deputado estadual Denian Couto também anunciou saída do Podemos, que nacionalmente é comandado pela deputada federal Renata Abreu (SP).
Questionado, Felipe Francischini afirmou que as movimentações são naturais. “Respeito a história de Alvaro Dias, mas vejo que ele já estava afastado da política desde que perdeu a eleição passada”, disse o deputado. Em 2022, Alvaro tentou a reeleição ao Senado, mas ficou em terceiro lugar.
Segundo Felipe, o objetivo da legenda é eleger em 2026 ao menos três deputados federais para a bancada do Paraná, incluindo ele próprio, que tentará a reeleição. “Vou começar agora a reestruturação do Podemos e vamos anunciar os nomes em um evento de filiações em dezembro”, afirmou ele.
Em relação ao governo do Paraná, Felipe confirmou que o Podemos estará no grupo de Ratinho Jr., que tem uma fila de nomes interessados na disputa ao Executivo. Entre eles, o ex-deputado estadual Guto Silva, hoje secretário de Ratinho Jr.; o ex-prefeito de Curitiba Rafael Greca; e o presidente da Assembleia Legislativa paranaense, Alexandre Curi.
O principal adversário do grupo do PSD é o senador Sergio Moro, que na pesquisa Genial/Quaest divulgada em 21 de agosto aparece confortável na frente dos adversários, com 38% das intenções de voto.
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O deputado federal Felipe Francischini está se preparando para assumir o controle do Podemos em abril, quando poderá se desfiliar do União Brasil sem risco de perder seu mandato. Embora sua mãe, Luciane Bonatto, já tenha sido nomeada presidente do partido, Francischini admite que ela não possui experiência política. Essa manobra ecoa o movimento de seu pai, Fernando Francischini, que também fez nomeações familiares em cargos políticos. A saída do ex-senador Alvaro Dias do Podemos, um dos fundadores do partido, foi marcada por descontentamento com o sistema partidário, e ele expressou a intenção de buscar novos rumos, sem definir sua filiação futura. Felipe reconhece que as mudanças são naturais e planeja reestruturar o Podemos para as eleições de 2026, visando eleger ao menos três deputados federais e manter apoio ao governador Ratinho Jr. em sua gestão. A herança política familiar de Francischini, junto com a instabilidade no Podemos, reflete um cenário de transição dentro do partido no Paraná, numa corrida eleitoral marcada por adversários significativos, como o senador Sergio Moro.
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