Gary Oldman fala sobre a busca pelo espião flatulento de ‘Slow Horses’
O protagonista da série “Slow Horses”, de volta ao ar com sua quinta temporada, não poderia ser mais diferente do que Gary Oldman, o elegante britânico que o interpreta.
O Jackson Lamb da adaptação dos livros de Mick Herron é um espião veterano flatulento, seboso, grosseiro e preguiçoso.
Já o ator de 67 anos mantém a cordialidade e humildade de alguém que não tem um Oscar no currículo (algo que ele tem, por “O destino de uma nação”) e um título de cavaleiro da Ordem do Império Britânico (idem).
Em comum, apenas uma competência muito acima da média em seus respectivos campos, por mais que o primeiro a esconda sob pesadas camadas de sarcasmo e gases.
“Mas você tem o outro lado de Lamb, que é o alcoólatra, o beberrão, o fumante. Ele não segue essas normas sociais”, diz Oldman em entrevista ao g1, um dia depois de participar da cerimônia de nomeação com o príncipe William, no último 30 de setembro.
“Então, há meio que uma acidez nele, e um sarcasmo, que é muito prazeroso de interpretar.”
Tão prazeroso que o próprio diz para quem quiser ouvir que pode interpretá-lo até o fim de seus dias – ou até o fim da série. O que vier primeiro.
Gary Oldman em cena de ‘Slow Horses’
Divulgação
Regras de Londres
Em “Slow Horses”, o personagem de Oldman é o chefe ranzinza de um setor da agência de inteligência britânica para onde são enviados todos os agentes fracassados, incompetentes ou socialmente inadequados.
Na atual quinta temporada, cujo segundo episódio foi lançado nesta quarta-feira (8) na plataforma de streaming Apple TV+, a série adapta “London Rules”, quinto livro da saga literária com um total de nove (e diversos contos derivados).
Dessa vez, o grupo da infame Slough House precisa descobrir se um deles realmente é alvo de um grupo determinado a assassiná-lo.
Eles também devem entender qual a relação disso com um tiroteio com motivações aparentemente políticas no meio da cidade – durante uma agitada eleição municipal.
Rosalind Eleazar, Christopher Chung, Saskia Reeves, Aimee-Ffion Edwards e Jack Lowden em cena de ‘Slow Horses’
Divulgação
Mas o que leva um ganhador de Oscar à TV?
Conhecido por papéis icônicos no cinema, como o “Drácula de Bram Stoker” (1992) ou o Sirius Black de “Harry Potter”, Oldman admira a qualidade presente na TV à distância há anos.
“Eu sou fã de séries longas de TV. Então, eu olhava para os roteiros e a direção e as atuações e a fotografia e os cenários na minha televisão, na minha sala de estar, e era frequentemente melhor do que no cinema”, afirma o ator.
“Qqueria estar envolvido nessa era dourada da televisão, mas eu procurava algo muito específico.”
Por causa de uma experiência no cinema, em “O espião que sabia demais” (2011), o britânico buscava um papel mais fixo, que não precisasse de muitas mudanças de figurino ou maquiagem ao longo dos anos, e “torcia que fosse no mundo da espionagem”.
Foi quando seu agente o mostrou o roteiro de “Slow Horses”.
“E então, isso meio que caiu do céu. Poderia ter sido feito sob medida para mim.”
Kristin Scott Thomas e Gary Oldman em cena de ‘Slow Horses’
Divulgação
No filme baseado em um livro do mestre de histórias do gênero, John le Carré, ele interpretou praticamente o oposto de Lamb. Um dos líderes da inteligência britânica, seu George Smiley era educado, modesto e até tímido.
Apesar disso, os dois projetos – e os personagens – andam de mãos dadas na cabeça de Oldman.
Para ele, os dois homens projetam figuras menosprezadas por seus adversários, o que permite que ambos trabalhem mentalmente para surpreendê-los.
“Há um motor interno funcionando, assim como com George, e isso geralmente está funcionando enquanto os outros acham que Lamb está vadiando ou relaxando”, fala o ator.
Por trás de Lamb
No fim, não haveria Lamb sem Smiley.
“Eu não poderia ter interpretado Lamb aos 30 anos. Eu não conseguiria me sentar confortavelmente no personagem com 30 ou 40 anos.”
Mas por que?
“Eu não tinha interpretado o Smiley”, diz, com um sorriso.
“E também há uma experiência de vida e um cansaço existencial no Lamb que eu acho que posso entender mais facilmente e trazer isso para ele.”
“Sou da mesma quase geração que o Lamb, então, muitas das referências para as quais eu olho são referências da minha própria experiência, da minha própria vida. Você consegue entender intelectualmente um personagem, mas existe muito mais que você consegue trazer para ele com a idade.”
Gary Oldman em ‘O espião que sabia demais’
Divulgação

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Produzido e/ou adaptado por Equipe Tretas & Resenhas, com informações da fonte.

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