Na semana passada, mais precisamente no dia 4, a Embraer (EMBR3) informou que faria o anúncio de um “marco” nos EUA, o que gerou uma grande especulação no mercado e fez com que as ações subissem cerca de 5% na última semana até o fechamento da véspera.

As especulações iam de redução das tarifas de importação aeroespacial para zero nos EUA, tendo como contrapartida investimentos no país, além de outros acordos com os Estados Unidos.

A companhia fez o anúncio no fim da manhã desta quarta, levando as ações a superarem as máximas históricas além dos R$ 84, mas logo os ativos amenizaram fortemente os ganhos, fechando a sessão de quarta-feira (10) com queda de 1,60%.

Eis o anúncio: a Embraer fechou sua primeira venda de aviões da família E2 para uma companhia aérea norte-americana. A Avelo Airlines fez um pedido firme de 50 jatos E195-E2 com direitos de compra para mais 50. O valor de tabela do pedido é de US$ 4,4 bilhões, excluindo os direitos de compra.

As aeronaves E2 são as mais modernas da fabricante brasileira e passaram a operar em 2018, quando a primeira unidade foi entregue para a norueguesa Wideroe.

“É o primeiro E2 encomendado por uma operadora americana. Por isso, marca um grande momento para a Embraer”, disse o presidente da Embraer Aviação Comercial, Arjan Meijer, em coletiva de imprensa em Washington nesta quarta-feira, 10.

Continua depois da publicidade

O negócio com a Avelo consolida a atuação do segmento de aviação comercial da Embraer. Analistas do mercado financeiro vinham apontando que os modelos antigos, da família E1, apresentavam boas vendas, mas que havia a necessidade de a comercialização dos E2 deslanchar para que a companhia conseguisse alcançar a meta prometida de entregar 110 jatos por ano em 2030.

Para o Itaú BBA, apesar das altas expectativas dos investidores em relação ao anúncio (alta de cerca de 5% nas ações nos últimos dias), a notícia traz otimismo adicional para as ações, visto que (i) este acordo pode sinalizar a abertura de um novo mercado para o E2, (ii) um aumento adicional na carteira de pedidos da empresa (cerca de 7% do total de pedidos), elevando a carteira de pedidos para perto de US$ 30 bilhões no 3T25, e (iii) esforços comerciais aprimorados da empresa, o que pode gerar negócios favoráveis ​​no futuro.

O banco mantém a Embraer como uma de suas principais escolhas no setor, com o bom momento da ação ainda sustentando sua visão.

Continua depois da publicidade

O Bradesco BBI também avalia que as notícias são positivas para a Embraer. O anúncio marca a primeira companhia aérea dos EUA a operar a aeronave E2 e a entrada dos jatos E2 em um novo mercado potencial. O banco estima que o pedido firme deverá ter um VPL [Valor presente líquido] de US$ 2,10/ por ADR (recibo de ações negociado nos EUA) ERJ, ou 3,5% do preço de fechamento de ontem, com base nas entregas entre 2027 e 2032.

Para o BBI, o anúncio desta quarta representa um marco importante. Em junho de 2023, a Embraer nomeou um novo VP de Vendas para o segmento de aviação comercial na América do Norte para reposicionar o E195-E2 na região.

A Embraer prevê 2.680 aeronaves com até 150 assentos até 2044 na América do Norte, confirmando um grande mercado potencial para a empresa na região. Embora a Embraer tenha uma posição dominante em relação ao E175 no mercado de aviação regional dos EUA, a entrada do E2 agora parece reduzir o risco do mercado potencial da empresa na faixa superior da categoria de até 150 assentos na região. O E2 já teve outro caso de sucesso na América do Norte com a Porter Airlines, que já recebeu 44 E2s até o segundo trimestre de 2025, com outros 31 ainda a serem entregues, e agora a Avelo também se juntará ao clube.

Continua depois da publicidade

Os novos pedidos para a aeronave E2 foram um dos gatilhos que podem ajudar a impulsionar o estoque. “Por enquanto, vemos um possível acordo com os EUA para tarifas zero, bem como novos pedidos de jatos comerciais e do KC-390 como potenciais novos gatilhos”, aponta, mantendo recomendação de compra para os ativos.

O JPMorgan também vê a potencial redução na tarifa americana e um possível pedido do KC-390 da Força Aérea dos EUA. O banco esperava reação positi

O JPMorgan apontou que esperava uma reação positiva com o anúncio, mesmo com a alta recente.

Continua depois da publicidade

A opinião foi apoiada por: i) entrada do E2 em um novo mercado – o anúncio representa as primeiras vendas do E2 nos EUA, que é o maior mercado para aeronaves em todo o mundo; ii) redução contínua do risco da aviação comercial, visto que a carteira de pedidos da aviação comercial após este pedido atingirá cerca US$ 17,5 bilhões ou 487 aeronaves, representando cerca de 6 anos de entregas (no ritmo de por volta de 81/ano, conforme a projeção para 2025); e iii) Trata-se do maior pedido E2 já feito, sendo o segundo maior, seguido pelo anunciado em 1º de julho pela SAS, com 45 aeronaves + 10 opções, refletindo a qualidade do produto e as campanhas de vendas da Embraer.

Além disso, o pedido de hoje demonstra que a tarifa atual de 10% sobre as aeronaves da Embraer não está prejudicando sua competitividade e também indica que as tarifas podem ser suspensas no futuro, à medida que a Embraer conquista um novo cliente para sustentar sua reivindicação de tarifa zero.

_____________________________

_____________________

_____________

_______

___

Produzido e/ou adaptado por Equipe Tretas & Resenhas, com informações da fonte.

Compartilhe com quem também gostará desse texto

Artigos Relacionados

veja onde assistir o ao vivo, horário e escalações

veja onde assistir o ao vivo, horário e escalações

Tem um veado me olhando: Saiba origem do hit que virou 'zoeira' entre Ana Castela e Leonardo

Tem um veado me olhando: Saiba origem do hit que virou 'zoeira' entre Ana Castela e Leonardo

Senado é o vencedor da semana; Eduardo, o perdedor - 27/09/2025 - Painel

Senado é o vencedor da semana; Eduardo, o perdedor – 27/09/2025 – Painel

Top Trends