O Itaú BBA iniciou a cobertura das construtoras brasileiras de baixa renda com uma visão positiva para o setor e sinalizou que os maiores ganhos podem vir de nomes menos óbvios. Para os analistas, empresas como Cury (CURY3) e Direcional (DIRR3) já entregaram retornos expressivos nos últimos anos, mas agora é hora de olhar para Tenda (TEND3) e Plano & Plano (PLPL3), que oferecem melhor relação risco-retorno.

“Tenda tem sido historicamente negligenciada pelos investidores, mas acreditamos que a sólida perspectiva de lucro do seu negócio on-site deve mais do que compensar as pequenas perdas ‘ruidosas’ das operações off-site, restaurando a confiança do mercado e potencialmente impulsionando o melhor desempenho da nossa cobertura”, diz o banco, em relatório.

Além disso, os analistas destacam que a Plano & Plano foi deixada de lado por sua baixa liquidez em bolsa. Porém, numa observação mais profunda, o Itaú BBA enxerga a melhor relação risco-retorno sobre nomes mais “populares”.

A MRV (MRVE3), na visão dos analistas, ficou para trás em relação aos pares do setor. Apesar de um turnaround (processo de recuperação financeira e operacional) esteja em andamento, eles ainda acham que é cedo demais para apostar.

Fundamentos e expectativas

De acordo com o relatório divulgado na segunda-feira (15), o setor passa por um de seus melhores momentos. Os analistas destacam que a acessibilidade à habitação está em níveis recordes e os ROEs (Retorno Sobre Patrimônio Líquido) estão alcançando patamares históricos, sustentados por margens sólidas, maior giro de ativos e alavancagem operacional. 

“Ao quebrar esses retornos ao longo do tempo, as margens líquidas não são muito melhores do que em outros ciclos do Minha Casa, Minha Vida, mas o giro de ativos aumentou em comparação aos ciclos anteriores e a alavancagem operacional subiu devido a mais aquisições de terrenos via swaps, securitizações e alavancagem”, diz o relatório.

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Eles destacam que apesar dos modelos de negócio carregarem riscos mais altos, a avaliação é que a criação de valor deve permanecer forte.

Top pick

A Tenda foi escolhida como Top Pick (principal recomendação), com preço-alvo de R$ 40 por ação e potencial de valorização de 51% em relação ao fechamento da última sexta-feira (12). 

O Itaú BBA avalia que a companhia já deixou para trás o período mais difícil de reestruturação e vem se beneficiando do desempenho robusto do negócio on-site (construção direta), com margens comparáveis às da Cury. A expectativa é de que o lucro por ação cresça 65% ao ano até 2026.

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Em segundo lugar tem a aposta na Plano & Plano, com preço-alvo de R$ 24 e alta potencial de 44%. Os analistas acreditam que a empresa ainda não reflete nos resultados toda a força de sua expansão em lançamentos e vendas, mas que 2026 será o ponto de virada.

Análise de outras empresas do setor

Segundo o relatório, os líderes do setor nos últimos anos continuam atraentes, mas o espaço para surpresas é menor. O Itaú BBA projeta valorização de 28% para CURY e 27% para Direcional, sustentada por margens elevadas e crescimento consistente. “Os retornos já não parecem espetaculares, mas ambas ações continuam atrativas considerando o baixo risco de execução”, aponta.

No caso da MRV, o banco reconhece avanços operacionais e financeiros, como a venda de ativos da Resia, mas considera que ainda é cedo para apostar na ação. O preço-alvo é de R$ 9, o que representa potencial de valorização de 19%. O Itaú BBA alerta que qualquer falha de execução pode comprometer as projeções de 2026, embora veja potencial relevante no longo prazo.

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Produzido e/ou adaptado por Equipe Tretas & Resenhas, com informações da fonte.

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