Em meio a cenário menos favorável para os preços do petróleo, a Genial Investimentos acredita que os investidores devem concentrar sua atenção na execução do plano de negócios de cada companhia, com foco principal em quatro pilares: projetos e volume, eficiência e redução de custos, investimentos e aquisições, e, por consequência, alocação de capital, seja em novos projetos, dividendos ou recompra de ações.

Os contratos de petróleo despencam na manhã desta terça-feira (25), com Brent com menos 1,46%, a US$ 61,80, e WTI com 1,51%, a US$ 57,95. Os papéis das principais petroleiras juniores operavam em queda junto, com PRIO3 caindo 2,80%, BRAV3 recuando 1,44% e RECV3 perdendo 2,51%. A Petrobras também recuava, com PETR3 caindo 1% e PETR4 com menos 1,05%.

“O petróleo teve uma queda um pouco mais forte, com o avanço do acordo da Ucrânia. Então, isso gera um receio de excesso de oferta que jogou o petróleo lá para baixo e, consequentemente, a Petrobras e as ‘junior royals’ aqui no Brasil também fecharam com uma queda um pouco mais forte”, disse Lucas Furst, operador de renda variável e sócio da Manchester Investimentos.

O Bradesco BBI também fez um cenário para o setor e destacou que as suas principais escolhas continuam sendo: (i) Vibra (VBBR3; compra, com preço-alvo de R$ 30,00) com opcionalidades positivas relacionadas ao combate à informalidade, exposição positiva a taxas de juros mais baixas e perspectiva de crescimento dos dividendos, (ii) PRIO (PRIO3, compra e preço-alvo de R$ 62,00), com a perspectiva de forte crescimento da produção e recompras apesar da baixa atividade nos preços do petróleo e (iii) Oceanpact (OPCT3, compra e preço-alvo de R$ 10,00) entre as small caps com forte perspectiva para melhoria do fluxo de caixa livre (FCFE) e remuneração aos acionistas.

Confira os destaques de empresas:

Petrobras (PETR4)

A Genial Investimentos tem uma visão construtiva sobre Petrobras (PETR4), apesar dos desafios relacionados a alocação de capital. Do ponto de vista operacional, a performance do 3T25 foi muito positiva: produção recorde, custos sobre controle e boa geração de caixa mesmo com investimentos acima do últimos trimestres.

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Em termos de avaliação, a estatal negocia com desconto que a Genial julga exagerado tendo em vista os seus fundamentos superiores como retorno sobre patrimônio líquido (ROE), dividendos, fluxo de caixa. Diante disso, a corretora espera que o próximo Planejamento Estratégico deve ser acompanhado de perto no que diz respeito a produção, investimentos e, principalmente, alocação de capital – exatamente onde reside o maior risco para tese da companhia e que explica boa parte do desconto estrutural da empresa contra outros pares globais à despeito dos fundamentos superiores.

Aos atuais níveis de preço e apesar dos pesares e dos riscos, a Genial vê a PETR4 com um bom “carrego” tendo em vista a sua geração de caixa, dividendos e com um nível de avaliação “que atura desaforo” a eventuais decisões desagradáveis do ponto de vista de alocação de capital.

O Bradesco BBI, por sua vez, comenta que diferentemente de setembro, quando o interesse pela Petrobras era bastante baixo, dúvidas voltaram a surgir recentemente, principalmente em relação às eleições e ao impacto do resultado sobre a tese de investimento na companhia.

Alguns fundos indicaram que pretendem entrar em 2026 “prontos para avançar” na estatal, dependendo do perfil de risco-retorno diante de possíveis mudanças governamentais. A avaliação do BBI é que, dependendo dos resultados eleitorais, os fluxos de capital para a Petrobras podem ser expressivos.

A Genial vê o plano de negócios da PRIO evoluindo de acordo com o planejado, e com a antecipação da aquisição do campo de Peregrino sendo muito bem vinda para tese da empresa, principalmente pela mais rápida apropriação de sinergias esperadas. Além disso, a corretora destaca que a execução do projeto de Wahoo segue caminhando bem e os cronogramas devem ser entregues.

A corretora reiterou recomendação de compra e preço-alvo de R$ 69.

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Já o BBI comenta que a PRIO se beneficia da perspectiva de forte crescimento da produção e de recompras, mesmo diante da baixa atividade nos preços do petróleo, com preço-alvo de R$ 62,00.

PetroReconcavo (RECV3)

A Genial Investimentos projeta a evolução da PetroReconcavo com base na curva 1P de produção apresentada em sua última certificação de reservas. Atualmente, a companhia vem produzindo cerca de 26 mil barris de óleo equivalente por dia (bpde), abaixo da expectativa de 30 mil bpde para 2026. Dessa forma, as estimativas da Genial ficam naturalmente acima do que o mercado precifica no ativo, refletindo uma curva de produção mais conservadora que a certificação e potenciais maiores investimentos para o redesenvolvimento dos campos. Ambas as variáveis devem ser formalmente atualizadas no primeiro trimestre de 2026, com o novo processo de certificação.

A Genial manteve recomendação neutra e preço-alvo de R$ 16,50.

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Já o BBI destaca que produção deve permanecer estável em 2026, em níveis próximos a 26,5 mil barris de óleo equivalente por dia, comparável a 2025, enquanto o investimento estimado (capex) deve atingir cerca de US$ 150 milhões e o fluxo de caixa livre projetado é de US$ 60 milhões, equivalente a aproximadamente 10% de rendimento para os acionistas.

Brava Energia (BRAV3)

“Apesar de registrar recorde de produção, redução do custo de extração (lifting cost) e capex modesto no último trimestre, a performance operacional não foi suficiente para entusiasmar o mercado, considerando a geração de caixa ainda limitada”, comenta analistas da Genial.

A corretora destaca que os principais gatilhos para a produção da Brava seguem vinculados aos resultados das perfurações em campos offshore, em meio a uma tendência de estabilidade ou leve declínio nos campos onshore.

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Em 2026, a empresa deve manter um nível de investimentos mais contido, priorizando a geração de caixa e a desalavancagem, sem gatilhos claros para movimentar a tese de investimento no curto prazo.

Para o BBI, a Vibra Energia segue atrativa devido às opcionalidades positivas relacionadas ao combate à informalidade, à exposição favorável a taxas de juros mais baixas e à perspectiva de crescimento dos dividendos, com preço-alvo de R$ 30,00.

Oceanpact (OPCT3)

Na avaliação do BBI, a Oceanpact apresenta forte potencial de melhoria do fluxo de caixa livre e de aumento da remuneração aos acionistas, com preço-alvo de R$ 10,00 para 2026.

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A empresa projeta que seus resultados se intensifiquem fortemente no segundo trimestre de 2026, superando os números do terceiro trimestre de 2025 e anualizando um EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 1 bilhão.

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Produzido e/ou adaptado por Equipe Tretas & Resenhas, com informações da fonte.

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