O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse nesta quarta-feira (24) que Lula (PT) e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, precisam se resolver sobre o tarifaço e que os protestos do último domingo em diversas cidades brasileiras mostram uma desconexão entre o Congresso Nacional e a população.
Os atos tiveram como bandeiras a rejeição da PEC da Blindagem, que dificulta a abertura de ações contra parlamentares, e a anistia a condenados por atos golpistas, que é defendida por Tarcísio.
Apoiador de Trump e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o governador defendeu o diálogo entre os líderes, em um momento no qual bolsonaristas tentam utilizar as sanções impostas pelos EUA para pressionar pela pauta da anistia.
“Acho que ele [Trump] precisa negociar, e o Lula também precisa. Essa situação é ruim para o Brasil e é ruim para os Estados Unidos também. Da mesma forma que o presidente brasileiro é pressionado aqui, o presidente americano é pressionado lá. Por isso, eu acho que, em algum momento, isso deve convergir. E qual o apelo? Que eles sentem, conversem e se resolvam”, afirmou o governador durante entrega de unidades habitacionais em Embu das Artes, na Grande São Paulo.
Em seu discurso na Assembleia Geral da ONU nesta terça-feira (23), o presidente dos EUA fez um aceno a Lula e disse que quer se encontrar com o petista.
Tarcísio também afirmou que os atos convocados pela esquerda no domingo mostram a insatisfação da população com a PEC da Blindagem, aprovada na semana passada pela Câmara e rejeitada nesta quarta-feira (24) pela CCJ (Comissão de Constituição de Justiça) do Senado.
“Elas representam um sintoma de desconexão do que está sendo feito com a vontade das pessoas”, disse.
Votaram a favor da PEC na Câmara 93% dos deputados do Republicanos, partido do governador, e 94% dos do PL, sigla de Bolsonaro. A proposta foi pautada pelo correligionário de Tarcísio Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara e um dos principais alvos do domingo.
Ele acrescentou que o que deveria garantir a segurança do parlamentar para exercer o seu mandato foi deturpado pelos deputados no texto.
“Quando se transforma em outra coisa e você tem uma distorção, a população percebe que está indo por um caminho de privilegiar a impunidade e se revolta”, disse.
Os atos de domingo também tiveram como alvo de protesto o projeto da anistia a Bolsonaro e aos envolvidos no 8 de Janeiro. Tarcísio disse discordar de quem diga que a pauta é um “estímulo à impunidade” e afirmou acreditar ser “o caminho para a paz dialogada”.
Ele disse que modificar a dosimetria, como defende o relator da proposta, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), ajudaria a corrigir penas que ele considera injustas.
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou que é necessário um diálogo entre Lula (PT) e Donald Trump para resolver questões sobre tarifas, destacando que os recentes protestos no Brasil refletem um distanciamento entre o Congresso e a população. Os atos, que se opuseram à aprovação da PEC da Blindagem e à anistia para condenados por atos golpistas — tema apoiado por Tarcísio — evidenciam a insatisfação popular com decisões legislativas. O governador, que se alinha com Trump e Jair Bolsonaro, criticou a PEC, alegando que distorce a segurança parlamentar e favorece a impunidade. Tarcísio defendeu que a anistia não deve ser vista como um incentivo à impunidade, mas como um caminho para a paz. O apoio expressivo à PEC por parte de seus correligionários sugere um conflito com a vontade popular, alertando para a necessidade de uma maior conexão entre representantes e cidadãos. A declaração de Trump sobre o desejo de se encontrar com Lula traz uma nova perspectiva nas relações diplomáticas, mas a pressão contínua sobre ambos os líderes exige um posicionamento claro e eficaz.
Em resumo, Tarcísio enfatiza a importância do diálogo entre Lula e Trump, diante da insatisfação popular revelada pelos protestos contra a PEC da Blindagem e a anistia a golpistas. Ele critica a desconexão entre o Congresso e a população e defende a anistia como um caminho para a paz, mesmo diante de seu histórico de apoio a pautas controversas.
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